O sócio da BRCG Consultoria e Pesquisador Associado do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Lívio Ribeiro, em entrevista ao Jornal da CBN, faz uma análise do cenário internacional.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e presidente da China, Xi Jinping. — Foto: Mandel NGAN, Pedro Pardo / AFP
O sócio da BRCG Consultoria e Pesquisador Associado do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Lívio Ribeiro, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, faz uma análise do cenário internacional, a partir das decisões tomadas pelo por Donald Trump.
O presidente americano ameaça taxar a China em mais 50%, se o governo chinês não voltar atrás da retaliação aos Estados Unidos. Trump estabeleceu um prazo para a resposta, no caso, 12h desta terça-feira, 13h da tarde no horário de Brasília. A China não dá sinais de que pretende recuar. O especialista destaca que isso é uma contraposição de Estados, e não de governos:
“A China estava se preparando para um aumento dessa temperatura comercial contra os Estados Unidos e o que é importante, não necessariamente contra Trump, porque a administração americana que mais taxou a China antes, evidentemente, do que está acontecendo agora, foi a administração Biden, não foi a Trump primeiro ou outro anterior. Isso é uma contraposição de Estados, não é uma contraposição de governos”.
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Lívio Ribeiro destaca que os grupos político e econômico que assessoram diretamente Trump entendem que os EUA não podem ter déficit comercial com ninguém.
“Não tem nenhuma razão para isso. Na verdade, quando um país tem déficit comercial, ele está aumentando as suas possibilidades de consumo frente à capacidade de produção doméstica. Isso gera preços mais baixos para os consumidores e gera bem-estar. É claro que você está perdendo empregos e isso é uma questão. Mas, por outro lado, você está ganhando preços mais baixos. Essas duas coisas têm que se balancear”.
Fonte CBN