Proposta garante reajuste salarial próximo ao solicitado e avanços na função dos motoristas-cobradores, com um plano para a retirada gradual dos cobradores em algumas linhas.

Após dois dias de paralisação parcial dos ônibus, que afetaram mais de 300 mil usuários, a greve dos rodoviários em Manaus chegou ao fim nesta quarta-feira (16). O acordo entre o sindicato da categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) foi alcançado após uma rodada final de negociações mediada pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
A proposta construída assegura um reajuste salarial próximo ao percentual solicitado pela categoria e prevê avanços na discussão sobre motoristas que também atuam como cobradores, além de um plano para retirada gradual da função de cobrador em algumas linhas.
Com o fim da greve, a expectativa é que o serviço de transporte coletivo seja normalizado nas próximas horas em toda a capital.
O que era reivindicado pelos rodoviários 🚌
- Reajuste salarial de 12%
- Aumento no valor da cesta básica
- Pagamento de R$ 1.200 em gratificação para motoristas que acumulam a função de cobrador
- Permanência dos cobradores nos ônibus
O acordo feito 🫱🏻🫲🏼
- Reajuste de 6% sobre os salários e benefícios da categoria
- Pagamento de R$ 600 mensais como gratificação para motoristas que acumulam a função de cobrador
- Negociações sobre a retirada gradual dos cobradores continuam
“O acordo contempla pontos importantes das reivindicações e garante o restabelecimento do serviço à população”, destacou Arnaldo Flores, diretor-presidente do IMMU.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a proposta foi aceita por ser razoável diante do atual cenário do sistema.
“Não contempla tudo o que pedíamos, mas com certeza a greve acaba. Vamos formalizar com a diretoria”, disse.
O advogado do Sinetram, Fernando Moraes, também elogiou a atuação da prefeitura. “A proposta tem viabilidade econômica e só foi possível graças à intermediação do IMMU e ao apoio direto do prefeito”, declarou.
Paralisação e impactos
A greve havia começado na madrugada de terça-feira (15), após autorização judicial. Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11), a categoria era obrigada a manter pelo menos 70% da frota nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento.
Segundo o Sinetram, 397 ônibus de sete empresas deixaram de circular desde as 4h desta quarta-feira (16), o que representa cerca de 30% da frota operante. A paralisação afetou diretamente milhares de passageiros e, de forma geral, causou transtornos para toda a população.
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Reunião define fim da greve dos rodoviários em Manaus. — Foto: Divulgação/Semcom