
Frente fria histórica se aproxima do Amazonas e deve derrubar temperaturas já nesta semana
Uma forte onda de frio está prestes a mudar a rotina dos amazonenses. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar polar mais intensa do ano deve chegar ao estado entre terça (27) e quarta-feira (28), trazendo a famosa friagem — fenômeno raro, mas conhecido na região, que provoca quedas bruscas de temperatura.
Em Manaus, os termômetros podem marcar entre 20°C e 26°C, um cenário completamente fora do comum para uma cidade acostumada ao calor constante, com temperaturas acima dos 30°C durante quase todo o ano. Mas o frio será ainda mais severo em municípios do sul do estado, como Boca do Acre, Lábrea, Humaitá e Novo Aripuanã. Nessas áreas, além da queda de temperatura, os moradores devem enfrentar ventos fortes e mudanças repentinas no clima.
O que é a friagem amazônica?
A friagem ocorre quando massas de ar polar vindas do sul do continente avançam pelo Brasil, alcançando até mesmo o Norte e o Nordeste. O resultado é uma virada súbita no tempo, com frio inesperado, chuvas fora de hora e ventos intensos. A que se aproxima agora já é considerada a mais forte de 2025 — e promete impactos significativos em várias regiões do Amazonas.
Frio em meio à cheia: a tempestade perfeita
O fenômeno chega em um momento crítico. Mais de 300 mil pessoas já sofrem com as cheias dos rios no estado, que comprometem moradias e estradas, sobretudo nas zonas rurais e ribeirinhas. Agora, com a chegada do frio, cresce a preocupação com a população vulnerável e com a agricultura. Culturas importantes para a economia local, como mandioca, frutas, legumes e malva, podem ser seriamente afetadas.
Governo prepara ações emergenciais
Diante do cenário, o governo do Amazonas já começou a se mobilizar. Estão previstas ações como a distribuição de cobertores e roupas de frio, campanhas de doação voltadas para comunidades ribeirinhas e reforço no monitoramento do tempo. Em Manaus, embora a queda de temperatura deva ser mais leve, há alerta para cuidados com crianças, idosos e pessoas em situação de rua.
A friagem deste ano promete entrar para a história — e reacende o debate sobre os efeitos extremos da crise climática na região amazônica.