A mãe da jovem, Cândida Ramos Lima, divulgou vídeo nas redes sociais mostrando a situação da filha em estado vegetativo

A rotina da jovem Flávia Catarina Valente, de 23 anos, mudou drasticamente após um acidente de trânsito ocorrido no dia 1º de dezembro de 2024, em Parintins, no interior do Amazonas. A mãe da jovem, Cândida Ramos Lima, divulgou neste domingo (6/4), um vídeo nas redes sociais mostrando a situação da filha em estado vegetativo.
Flávia, natural de Barreirinha e aluna do curso de Matemática da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), foi atingida com violência durante o impacto e sofreu múltiplos traumas. Entre os ferimentos mais graves, estão lesões cerebrais, fraturas na face, fratura exposta no tornozelo — que levou à amputação do pé direito —, além de outras complicações que afetaram diretamente sua mobilidade e consciência.
O acidente teria sido causado por um adolescente de 14 anos, identificado como Yonan Oran, filho do conhecido apresentador do Boi Caprichoso, Edmundo Oran. Segundo relatos, ele conduzia uma motocicleta em alta velocidade no momento da colisão, ocorrida no cruzamento das avenidas Amazonas e Paes de Andrade.
Atualmente, Flávia vive em estado vegetativo, sem lembranças da própria identidade, e com tetraplegia, de acordo com informações repassadas pela família. A jovem segue sob cuidados médicos intensivos e luta diariamente por estabilidade clínica e qualidade de vida.
Estado vegetativo
Em um desabafo nas redes sociais, a mãe da jovem, Cândida Ramos Lima, mostra o estado vegetativo da filha, que apresenta diversas sequelas motoras e neurológicas.
“Ela não se move, não faz nada fica desse jeito. A gente tem que cuidar dela, ela come por aqui por essa sonda. Esse aqui é o pé dela que foi amputado, essa é a perna normal mas o pé fica enrolado porque o cérebro não tem comando do corpo dela, a mão também fica enrolada. Esse é o estado da Catarina ela respira por esse buraquinho aqui, pelo nariz ela não consegue”, disse.
Flávia apresenta rigidez nos membros, perdeu o controle dos movimentos musculares e tem cuidados constantes para evitar lesões por contratura. As mãos permanecem envoltas em panos para que não se fechem de forma involuntária.
A jovem perdeu a capacidade de engolir e a fala, dependendo completamente dos cuidados familiares e acompanhada por fisioterapeuta, psicólogo e uma equipe de apoio, com suporte da Prefeitura de Barreirinha. Amigos, familiares e pessoas sensibilizadas pela história têm colaborado com doações de fraldas, lençóis e material hospitalar.
“O neurologista já confirmou que o estado dela é vegetativo. Ela apenas abre os olhos, mas não reconhece ninguém. Vamos ainda passar por uma avaliação com o neurocirurgião para saber se será necessária uma intervenção na cabeça”, relatou a irmã, Cássia Valente.