Pesquisa ouviu 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 cidades brasileiras entre os dias 1º e 3 de abril de 2025

Uma nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (08/04) pelo jornal Folha de S.Paulo, revela que a maioria dos brasileiros acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser preso por tentativa de golpe de Estado. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados afirmaram que Bolsonaro deveria ser condenado e preso por liderar a tentativa de golpe em 2022.
Por outro lado, 42% disseram que ele não deveria ser preso, enquanto 7% preferiram não opinar.
Apesar da maioria defender a prisão do ex-chefe do Executivo, o mesmo percentual – 52% – declarou não acreditar que Bolsonaro será de fato preso. Já 41% dos entrevistados disseram acreditar na prisão do ex-presidente, enquanto outros 7% não souberam responder.
A pesquisa ouviu 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 cidades brasileiras entre os dias 1º e 3 de abril de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Foto: Gustavo Moreno/ STF
Os dados do Datafolha também revelam divisões regionais e religiosas sobre o tema. No Norte e Centro-Oeste, há um empate técnico: 47% são a favor da prisão de Bolsonaro, contra 45% que se posicionaram contra. Situação semelhante ocorre na região Sul, onde 49% são contrários à prisão, e 46% defendem que o ex-presidente vá para a cadeia.

Entre os católicos, 55% disseram que Bolsonaro deveria ser preso, enquanto 39% discordam. Já no grupo de entrevistados que se declararam evangélicos, o cenário se inverte: 54% são contrários à prisão, e apenas 38% se mostram favoráveis à detenção do ex-presidente.
STF torna Bolsonaro réu
A divulgação dos dados ocorre poucos dias após a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar por unanimidade, em 26 de março, a denúncia contra Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado no fim de seu governo, em 2022.
Com isso, o ex-presidente e seus aliados tornaram-se réus em uma ação penal que pode resultar em penas de até 43 anos de prisão, caso sejam condenados.