O vereador exibiu imagens que mostram rachaduras na base da estrutura e alertou para os riscos de um possível afundamento.

No plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Coronel Rosses (PL) alertou para problemas estruturais no Mirante Lúcia Almeida, inaugurado em 4 de abril de 2024.
Durante seu pronunciamento, nesta quarta-feira (28/05), o parlamentar apresentou imagens que evidenciam rachaduras na base da estrutura e apontou o risco de um possível afundamento das estacas que sustentam a obra.
Anteriormente conhecido como Mirante da Ilha de São Vicente, o local teve um custo final de quase R$ 70 milhões — valor 50% superior ao contrato inicial, estimado em R$ 45,8 milhões.
Rosses criticou a falta de transparência nos aditivos contratuais e questionou a escolha da empresa responsável pela construção, a Red Engenharia Ltda. Segundo ele, as denúncias chegaram por meio de populares, o que o levou a visitar o local acompanhado de dois engenheiros para realizar uma análise preliminar.
“Aquela obra na Ilha de São Vicente teve um custo de R$ 69,8 milhões, já com os aditivos. O valor inicial era em torno de R$ 48 milhões. Recebi diversas denúncias de que parte da estrutura estaria apresentando rachaduras. Por isso, tomamos o cuidado de visitar o local com dois engenheiros, para não fazermos um juízo precipitado sobre a situação”, declarou o vereador.
Preocupado com a segurança da população, Rosses anunciou que protocolará representações junto ao Tribunal de Contas do Estado, ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM), para apurar possíveis irregularidades na obra.
“Fiz essa denúncia em plenário e estou formalizando uma representação junto ao Crea e ao Instituto de Perícia, para que seja feita uma análise técnica. É necessário verificar se houve, de fato, estudo do solo adequado para esse tipo de construção e se as rachaduras comprometem a estrutura dessa grande obra, que é um ponto turístico de Manaus e que foi, sim, superfaturada — com um aditivo de quase 50% sem justificativa clara da prefeitura”, enfatizou.
Coronel Rosses solicita vistoria
O vereador também solicitou uma vistoria técnica urgente no local, com o objetivo de prevenir riscos à população. Ele pediu ainda que a Prefeitura de Manaus realize uma visita ao mirante.
“É necessário que a prefeitura acione o alerta. O que fizemos aqui foi um chamado de atenção para que o poder público vá até o local, verifique o que está acontecendo e avalie se há riscos para quem frequenta o ambiente”, concluiu.