
Na noite deste sábado (26), o tenente-coronel Eddie César e um grupo de flanelinhas foram presos em Manaus por suspeita de extorsão. A operação ocorreu durante o show da dupla Jorge e Mateus, na Arena da Amazônia, onde os suspeitos cobravam até R$ 50 de motoristas para estacionar em vias públicas, prática classificada como extorsão pelas autoridades.
Segundo informações apuradas, a prisão dos flanelinhas foi autorizada por determinação superior após denúncias da cobrança irregular. Durante o encaminhamento dos suspeitos ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o tenente-coronel Eddie César compareceu à delegacia, afirmando que os flanelinhas atuavam sob seu comando. O oficial exigiu a liberação imediata dos presos e se recusou a deixar o local, mesmo após orientação do delegado de plantão.
A insistência do tenente-coronel gerou uma altercação, resultando em sua prisão por desobediência e obstrução da justiça. Os suspeitos, incluindo Eddie César, permanecem detidos no 19º DIP, onde o caso está sendo investigado. A Polícia Civil ainda não divulgou mais detalhes sobre a operação, mas a ação reforça o combate a práticas ilegais em eventos de grande porte na capital amazonense.
Passado Sombrio
O tenente-coronel Eddie César de Souza Cordeiro possui um passado polêmico na capital amazonense. Anteriormente diretor do Colégio da Polícia Militar do Amazonas, o oficial foi afastado do cargo após graves acusações de assédio contra alunas, por meio de mensagens e áudios compartilhados em redes sociais.
Em um dos áudios atribuídos ao coronel, ele declara: “Você é especial para mim, desperta algo forte, mas eu sei me controlar, não sou só instinto.” Em outra gravação, de teor ainda mais explícito, ele teria proposto sexo a três: “Vamos fazer um acordo: saio com você essa semana, pago tudo, e depois marcamos algo a três, eu, você e outra pessoa. Você decide o que quer fazer, e a gente aproveita juntos. Topa?” As mensagens, que circulam amplamente, chocaram a comunidade escolar e a sociedade amazonense. O caso teve ampla repercussão em 2019.
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Posicionamento da Polícia Militar
Em resposta às denúncias, a Polícia Militar do Amazonas emitiu nota informando que está investigando a autenticidade das mensagens atribuídas ao oficial. “O acusado foi imediatamente afastado de suas funções como diretor do colégio militar. A apuração seguirá com rigor, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório”, declarou a corporação.
A PM reforçou o compromisso com a conduta ética e a proteção dos alunos, enquanto o caso segue sob análise.