O deputado estadual Sinésio Campos (PT) caminha, nesta segunda-feira ((7/7), para ser reeleito presidente do Diretório Estadual do PT no Amazonas. O Processo de Eleição Direta (PED), realizado neste domingo (6/7), ainda não teve a apuração encerrada e há muitas contestações, mas Sinésio já tem os votos suficientes para lhe garantir o terceiro mandato.

Com mais de 7 mil votos, ele superou no final desta manhã o vereador José Ricardo Wendling, que obteve 1.358 votos, o desportista Luiz Borges (800 votos) e o ex-senador João Pedro Gonçalves (640).

A apuração ainda não foi encerrada porque o grupo de Zé Ricardo pediu a anulação dos votos da Zonal 2, que abrange os filiados residentes na Zona Leste de Manaus, onde Sinésio obteve expressiva maioria dos votos. Segundo este grupo, pessoas votaram no PED sem estar devidamente habilitadas e com os nomes fora da lista oficial de filiados.

“(venceu) o poderio econômico, a cooptação, o uso de prefeituras e massas de manobra, tudo para alguém (Sinésio) se manter no poder”, reclamou Zé Ricardo.

Sinésio agradeceu os votos, prometeu respeitar a oposição dentro do partido, o que ele considera uma tradição do PT, que é um partido dividido em diversas alas. Ele também afirma que a prioridade do novo mandato e reeleger o presidente Lula, com votação expressiva no Amazonas.

No PED deste ano ainda falta definir quem será o presidente Nacional do Partido e o presidente do Diretório Municipal de Manaus, onde até o fim desta manhã vem ganhando o atual presidente, o sindicalista Valdemir Santana.

O que significa a reeleição de Sinésio?

Com a vitória do deputado estadual, o Partido dos Trabalhadores vai seguir com o que os oposicionistas classificaram de “pés em duas canoas”.

Este perfil político significa que o PT vai continuar apoiando as gestões de Wilson Lima (União Brasil) no governo do Amazonas e David Almeida (Avante) na prefeitura de Manaus, dois políticos que estão mais alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que deverão apoiá-lo – ou quem ele indicar – na eleição presidencial do próximo ano.

Tanto José Ricardo quanto Luiz Borges prometeram ao longo do PED realizar uma conferência interna para tirar o apoio do partido as duas gestões.


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