Dois policiais estão entre os suspeitos presos. A polícia chegou aos suspeitos após um homem que teria sido extorquido pelo grupo denunciar a prática.
Cinco pessoas, incluindo dois policiais militares, foram presas suspeitas de integrarem uma milícia envolvida em sequestros e extorsões de traficantes em Manaus, durante a operação “Indecoris”, da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). A polícia chegou aos suspeitos após um homem, que teria sido extorquido pelo grupo, denunciar a prática.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, o crime que foi praticado no dia 31 de março deste ano, no bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte, quando um homem foi sequestrado e torturado pelo grupo. Os criminosos exigiram drogas, armas e dinheiro.
Ainda segundo a polícia, o grupo criminoso estava atacando alvos pré-definidos e com envolvimento no tráfico de drogas. A vítima que procurou a polícia, no entanto, já havia abandonado a criminalidade.
“São vítimas que, em tese, não vão procurar a delegacia para fazer a denúncia, entretanto pegaram uma vítima que não faz mais parte do mundo do crime e que teve a coragem de denunciar imediatamente ali para as patrulhas que estavam naquele momento, que efetuaram a prisão de dois”, disse o delegado.
A polícia não divulgou quantas pessoas já foram vítimas do grupo miliciano.
Inicialmente, dois dos suspeitos foram presos, incluindo um dos policiais militares. O crime, que envolveu ameaças e transferências bancárias forçadas via PIX, foi registrado por câmeras de segurança.
“Nesse momento que a DEHS toma conhecimento do caso, inicia as investigações e efetua a prisão de mais três pessoas envolvidas no caso, além de identificar mais um”, informou o delegado.
O homem identificado pela polícia é Kaike Gomes da Silva, conhecido como “FH”. Ele está foragido.
Segundo o tenente-coronel da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Renan Carvalho, os policiais militares já estão a disposição da Justiça, a disposição da polícia judiciaria, e recolhidos no núcleo prisional.
Fonte: g1 AM
