Redução é de 32% nos casos e 25% nos óbitos por SRAG; crianças menores de 1 ano seguem como grupo mais afetado.

O Amazonas apresentou redução nos casos e mortes causados por vírus respiratórios no primeiro semestre de 2025. Os dados constam no Relatório Epidemiológico de Vírus Respiratórios, atualizado nesta segunda-feira (7) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
De acordo com o boletim, foram 736 casos de SRAG por vírus respiratórios registrados entre 1º de janeiro e 5 de julho de 2025 — uma queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 1.085 notificações.
Óbitos também caíram; Covid-19 e Influenza lideram causas
No mesmo intervalo, o número de óbitos por vírus respiratórios caiu 25,9%, passando de 58 em 2024 para 43 em 2025. Entre as causas, estão:
- 20 por Covid-19
- 17 por Influenza A
- 3 por Rinovírus
- 2 por Influenza B
- 1 por Parainfluenza
Crianças menores de 1 ano são as mais afetadas
Nas últimas três semanas (15/06 a 05/07), a faixa etária mais atingida foi a de crianças menores de 1 ano, com 53% dos registros. Em seguida aparecem:
- 1 a 4 anos (24%)
- 60 anos ou mais (13%)
- 5 a 9 anos (5%)
- 10 a 19 anos (3%)
- 20 a 39 anos (3%)
Entre os vírus mais identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), estão:
- Rinovírus (56,8%)
- Vírus Sincicial Respiratório (31,2%)
- Influenza A (11,9%)
- Adenovírus (7,3%)
- Metapneumovírus (3,4%)
- Bocavírus (1,3%)
Rede estadual mantém vigilância e atendimento especializado
Segundo a secretária de Saúde, Nayara Maksoud, a integração entre vigilância e assistência tem sido essencial para o controle da SRAG. A rede estadual conta com 17 unidades de referência, com equipes treinadas para triagem de sintomas respiratórios, testagem, exames laboratoriais, imagem e tratamento conforme o quadro clínico.
Uma das estratégias adotadas é o programa Alta Oportuna, que entrega kits de medicação e orientações para os pais no momento da alta hospitalar, evitando reinternações e ajudando a reduzir a sobrecarga da rede de urgência.
A SES-AM reforça que os casos leves devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde. Casos graves devem ser encaminhados a hospitais.
Medidas de prevenção seguem essenciais
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, alerta para a importância da prevenção:
“Higienizar as mãos, usar máscara em caso de sintomas e evitar aglomerações são medidas simples e eficazes”, destaca.
O uso de máscara continua recomendado para pessoas com sintomas, profissionais de saúde e grupos de risco (como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades).
Também é importante evitar a exposição de bebês menores de seis meses a ambientes de risco.
A vacinação contra Covid-19 e Influenza está disponível em todo o estado e é fundamental para reduzir a transmissão e prevenir formas graves das doenças.