Confronto das oitavas de final teve atuação de gala do goleiro do clube italiano e a estreia de Mbappé no torneio

O confronto entre Real Madrid e Juventus nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes até foi uma amostra de nivelamento, mas o placar passou zerado mais tempo do que o devido em Miami. Tudo pela atuação de gala do goleiro Michele Di Gregorio, que fez quatro ou cinco grandes defesas durante os 90 minutos. No final das contas, prevaleceu a insistência da equipe espanhola e a estrela de Gonzalo García, autor de grande torneio e do gol que decretou a vitória por 1 a 0.

Com o passar do torneio da Fifa, Xabi Alonso vai dando feição à equipe que assumiu há menos de um mês. Além de ter feito mais uma boa partida, a primeira diante de um adversário da elite europeia, o Real soube ser muito mais agressivo no ataque — foram 21 finalizações contra seis. Outra boa notícia foi o retorno de Kylian Mbappé, que estreou nos Estados Unidos durante o segundo tempo.

Quando o francês pisou no campo, porém, Gonzalo já tinha definido. Com oito minutos, recebeu cruzamento de Trent Alexander-Arnold e testou com força.

Um recado dado por Xabi neste início de comando é que os jovens do elenco serão aproveitados da melhor forma, uma boa notícia para o zagueiro recém-chegado Dean Huijsen ou o atacante brasileiro Endrick — se recupera de lesão no músculo posterior da coxa direita. Porém, quem está subindo em conceito neste primeiro torneio do treinador é o espanhol de 21 anos formado na base merengue.

Aproveitando o vácuo deixado pelos problemas médicos de Mbappé e Endrick, Gonzalo assumiu a posição de centroavante e é o artilheiro do Real no Mundial, agora com três gols. Como também tem uma assistência, participou de gol nas quatro partidas até agora.

— Eu o conhecia bem. Não vou dizer que esperava que marcasse três gols em quatro jogos, mas ele ajuda muito o time todo. São gols decisivos, e eu tinha fé nele — disse Xabi Alonso.

Candidato a herói

Seu gol premiou o momento de maior pressão da equipe e uma mudança de postura após uma primeira etapa travada.

Logo no início, inclusive, foi a Juventus que teve a melhor oportunidade, em contra-ataque desperdiçado por Kolo Muani ao tentar encobrir o goleiro Courtois.

Di Gregorio para chute de Bellingham na pequena área em Real Madrid x Juventus — Foto: Kevin C. Cox / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Di Gregorio para chute de Bellingham na pequena área em Real Madrid x Juventus — Foto: Kevin C. Cox / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Em regra, porém, foi o Real Madrid o dono das ações e assim Di Gregorio se candidatou a herói em campo. Seu cartão de visitas foi uma grande defesa em chute de Bellingham na pequena área. Depois, espalmou uma pancada de Valverde de fora. No segundo tempo, depois do gol de Gonzalo, no qual nada pôde fazer, ainda parou um chute de bicicleta do capitão uruguaio.

— A mensagem de Xabi no intervalo foi a mesma de sempre: controlar a bola e, quando a perdermos, recuperá-la rapidamente para voltar a atacar rapidamente. É assim que os adversários se desgastam mentalmente — comentou Valverde, eleito o melhor do confronto.

O alto volume de intervenções do goleiro da Juventus traduziu a superioridade madrilenha nas chegadas, com Vini Jr sendo arma forte pela esquerda, e impediu a construção de um placar mais largo e que faria mais jus ao roteiro da partida. Apesar de ter ficado próxima na posse de bola (55% a 45%), a Juventus teve ataques pontuais e nem ensaiou pressão na reta final.

Ele voltou

Os 62 mil presentes ainda tiveram a oportunidade de ver Mbappé voltando a atuar na hora em que o Mundial chegam em sua fase aguda. Foram apenas 22 minutos em campo mas o suficiente para o atacante francês representar grande ameaça para os italianos, cientes de que não podiam se lançar muito à frente, ou corriam risco de serem golpeados no contra-ataque.

A vitória leva o Real Madrid às quartas de final, fase na qual entrará em campo às 17h do próximo sábado (5), em Nova Jersey.

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