A Câmara Municipal de Manaus acompanhará os desdobramentos da situação e os reflexos sociais e econômicos para o Estado

Em uma tribuna popular realizada nesta quarta-feira (14/5), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), os petroleiros do Amazonas denunciaram uma demissão em massa e irregularidades na Refinaria do Amazonas (Ream), comandada pelo Grupo Atem. O evento foi organizado pelo vereador Zé Ricardo (PT).

À ocasião, o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcus Vinícius Alves Ribeiro, foi quem usou o púlpito para falar sobre o tema. Em um dos momentos, Marcus fala que a situação na chegaria onde está se a Refinaria do Amazonas ainda estivesse no controle da Petrobras.

“O que está acontecendo hoje são demissões, precarização e abandono da função estratégica da refinaria. Estamos aqui hoje para garantir que a voz dos trabalhadores também seja ouvida nesta casa. E digo com toda a convicção, se a refinaria de Manaus ainda estivesse sob o controle da Petrobras, nada disso estaria acontecendo. A Petrobras é uma empresa pública que, embora tenha seus desafios, atua com responsabilidade social, com diálogo com os trabalhadores e tem um compromisso com o Brasil”, pontuou.

Ainda de acordo com Marcus, as denúncias já foram feitas à órgãos como o Ministério Público do Trabalho, comunicaram a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), informaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), até chegar a casa legislativa e pedir apoio dos vereadores.

“O que nós solicitamos aqui, vereador Zé Ricardo, é que se for possível que esta casa publique uma moção de repúdio a essas demissões e ao desmonte da refinaria, que vossas excelências atuem junto à bancada federal e aos órgãos de controle, exigindo a apuração dessa situação e uma responsabilização que dê visibilidade pública a esta luta, porque a população precisa saber o que está sendo feito em relação à nossa refinaria, como falei aqui, a única refinaria do estado do Amazonas e da região norte”, frisou.

Conforme o Sindipetro-AM, ao menos 75 trabalhadores operacionais (maioria com décadas de experiência e comprometimento com a segurança da planta), foram desligados. Algo que ainda não foi confirmado pela Ream.

‘Adequação do quadro’

Procurada pela Rede Onda Digital, a Ream, por meio de nota, declarou que depois da aquisição do ativo, em dezembro de 2022, ampliou temporariamente o quadro de profissionais.

“Uma transição segura na gestão, inclusive com a contratação de diversos consultores para formação das equipes. Com a consolidação das operações e o ganho de produtividade, a adequação do quadro tornou-se indispensável”, disse.

A empresa ainda assegurou o “abastecimento de combustíveis segue o curso normal do processo, sem risco de desabastecimento e de forma eficiente”.

Com informações Redação

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