O risco sacado é uma operação entre varejistas e bancos, que emprestam dinheiro para que as empresas paguem os fornecedores

O ex-diretor financeiro da Americanas, Fábio da Silva Abrate, disse em delação premiada que os bancos tiveram papel decisivo no escândalo da varejista ao ocultar informações sobre operações de risco sacado, apontado como principal mecanismo do rombo que veio a público em 2023. Abrate reconhece ter determinado que instituições bancárias retirassem dados sobre a companhia de relatórios, o que elas negam terem feito.

O risco sacado é uma operação entre varejistas e bancos, que emprestam dinheiro para que as empresas paguem os fornecedores. Para a varejista, o benefício é uma melhor condição de pagamento, como prazo maior. Em troca, paga juros, de onde vem o lucro das instituições financeiras. A fornecedora recebe o valor previsto no contrato com a varejista.

A Americanas utilizava o recurso para ter fluxo de caixa condizente com o que afirmava ter em seus balanços fraudados. O problema é que eles não incluíam a dívida de risco sacado no balanço, aumentando o tamanho da fraude.

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