O reino budista de Butão detém a quinta maior reserva global de criptomoedas, com 10.635 bitcoins, de acordo com a plataforma Bitcoin Treasuries. A contagem segue crescendo, já que o país consegue os ativos por meio de mineração, usando data centers abastecidos com energia hidrelétrica.
Na lista de nações com maiores carteiras de criptoativos, o pequeno país situado no Himalaia ficou à frente de El Salvador, o primeiro país a decretar o bitcoin uma moeda de curso legal, e atrás somente de grandes potências como Estados Unidos, China e Reino Unido.
A reserva de Butão ainda é a maior em proporção, quando se considera que o reino budista tem apenas 800 mil habitantes -há um pouco mais de um centésimo de bitcoin para cada pessoa, o equivalente a cerca de US$ 1.000 (R$ 5.723,50).
Além dos cerca de US$ 900 milhões (R$ 5,15 bilhões) que mantém em bitcoins, Butão detém 160 criptomoedas ethereum, avaliadas aproximadamente US$ 320 mil (R$ 1,83 milhão). As quantias são mantidas em uma holding, sob administração do reino, chamada Druk.
Cada país adquire seus criptoativos de uma forma diferente. A reserva de Washington, por exemplo, começou com o combate ao crime organizado.
A Justiça Federal dos EUA apreendeu bitcoins ao desmantelar o polo de contrabando online Silk Road. Os ativos eram usados pelos compradores para adquirir drogas, armas e outros produtos ilegais na deep web. Confiscos de grupos criminosos também explicam os cerca de 61 mil bitcoins do Reino Unido, até o final de dezembro.
Embora as minas de bitcoin pareçam uma forma de obter lucro fácil, a atividade exige cálculos complexos. Por isso, muitas máquinas e bastante energia são necessárias a fim de tornar a operação viável.
O grande dispêndio de eletricidade com criptoativos recebe críticas de ambientalistas. Porém, Butão se baseia em sua vigorosa geração de energia hidrelétrica, com potencial de cerca de 30 mil megawatts e mais de 2.000 megawatts de capacidade instalada, para declarar que sua operação é “limpa”.